Economía Latinoamericana
Instituto de Predicción Económica
Centro de Estudios Economía de Madrid
Universidad Autonóma de Madrid
Universidad Rey Juan Carlos

Noticias relacionadas con la economia de Latinoamérica

Indicadores coyunturales de Latinoamérica Fecha Noticia: 10/02/2016

Na contramão de gigantes, 22 bancos menores ficam no vermelho em 2015.

A despeito dos lucros recordes de gigantes como Itaú e Bradesco, nem todo banco brasileiro passa ao largo da crise. A recessão estrangula os negócios de instituições financeiras de porte pequeno e médio, que têm carteiras de crédito concentradas em setores problemáticos da economia, pouca flexibilidade operacional e caixa limitado para buscar compensação lucrativa nos maiores juros dos últimos dez anos. Bancos com essas características são maioria entre as 22 instituições que, na contramão do mercado, tiveram prejuízo até o terceiro trimestre de 2015. Para analistas do setor, a crise do segmento já desperta interesse de instituições financeiras que buscam alvos de aquisição no país, o que poderia elevar a concentração bancária.


Segundo os balancetes disponibilizados pelo Banco Central e compilados pelo GLOBO, essas instituições registraram, juntas, perda líquida de R$ 1,5 bilhão até o terceiro trimestre de 2015. Enquanto isso, os 71 bancos que deram lucro acumularam ganho coletivo de R$ 64,86 bilhões no período. Para 17 instituições, a situação é especialmente ruim, já que também sofreram prejuízo em 2014.

Os dados do BC representam o desempenho dos conglomerados financeiros aos quais pertencem cada banco, excluindo operações entre participantes do mesmo grupo, dentro dos parâmetros do Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (Cosif). Nessa metodologia, em alguns casos, os números do BC não são exatamente os mesmos divulgados ao mercado pelos balanços financeiros dos bancos.

INTERESSE DE ESTRANGEIROS

Na avaliação de Ceres Lisboa, analista da agência de risco Moody’s, a crise desses bancos começou a se fazer notar em 2013, quando a economia demonstrava os primeiros sinais de fragilidade. Com a recessão instalada, os problemas de crédito dessas instituições ficaram mais óbvios, levando a perda de receita e aumento de provisões contra calotes.

— Esses bancos têm sensibilidade a risco muito maior do que os grandes porque apresentam concentração elevada, seja com carteira dependente de um setor específico, seja com determinados tipos de operação — disse a analista.

Os analistas da agência Fitch veem como inevitável a redefinição do modelos de negócio dos bancos brasileiros pequenos e médios. E isso, segundo eles, passará necessariamente por consolidação e parcerias estratégicas. Enquanto veem pouco fôlego para fusões entre os próprios bancos em crise, analistas creem que a saída será a venda para instituições estrangeiras.

— Temos conversado com bancos estrangeiros e há interesse de operar no brasil. Os asiáticos talvez sejam os mais privilegiados, com “funding” maior. Os europeus estão diminuindo o apetite, porque, além da crise brasileira, há uma regulação mais rigorosa, que exige a segregação de atividades de banco de investimento e de varejo. O Deutsch fez uma reestruturação global e fechou a operação da América Latina. O Barclays fechou no Brasil — afirmou Claudio Gallina, diretor sênior da Fitch.

O gigante francês Société Générale é um dos estrangeiros que mudaram o foco no Brasil. Em nota, a instituição esclareceu que, em fevereiro de 2015, decidiu focar em clientes corporativos e institucionais no país. Assim, saiu do segmento de crédito ao consumidor fechando duas subsidiárias, os bancos Cacique e Pecúnia. Segundo a nota, essa reestruturação explica o prejuízo de R$ 254,45 milhões até o terceiro trimestre. Para focar no segmento corporativo, o Société Générale aumentou seu capital em R$ 315 milhões.

Gallina admite que o movimento de consolidação poderia levar a maior concentração no setor, mas descarta um acréscimo significativo.

— Em termos de concentração, 85% dos ativos totais já estão nas mãos dos dez maiores bancos. Então isso já existe e esse número não deve mudar muito. É improvável haver novas fusões entre os grandes — acrescentou.

O conglomerado do CCB Brasil (antigo BicBanco) é o que registra maior perda acumulada, segundo o BC: R$ 243,9 milhões. Em 2014, aliás, o banco já registrara o maior prejuízo dos bancos comerciais, de R$ 734,9 milhões. Focado em operações de crédito para o segmento middle market, o banco fechou capital na Bolsa em outubro, após ter sido comprado pelo China Construction Bank. Em julho de 2015, a agência Standard & Poor’s rebaixou o banco para grau especulativo citando a deterioração da economia e o “aumento nos empréstimos problemáticos do banco”, além da redução do seu portfólio de empréstimos por causa da reestruturação interna provocada pela venda.

Segundo o último balanço do banco, as provisões para créditos de liquidação duvidosa totalizaram R$ 1,08 bilhão no fim do primeiro semestre de 2015, 75% mais que um ano antes.

— O banco reduziu bastante a atividade de crédito ao mesmo tempo em que aumentou as provisões, atendendo à política mais rígida do banco chinês. Isso enquanto o banco praticamente parava, à espera do processo de mudança de controle — analisou Luis Santacreu, da Austin Rating. — Mas foi comprado por um dos maiores bancos do mundo, mudou a marca, tornou-se parte de um grupo com avaliação de risco internacional e capacidade financeira para aguentar essas provisões.

Outra situação difícil é a do paulista Fibra, que ruma para fechar 2015 como o sexto ano seguido de prejuízo líquido, totalizando perda superior a R$ 1,2 bilhão desde 2010. De acordo com o último balanço do banco, a família Steinbruch — que controla a instituição e também a combalida siderúrgica CSN — aportou R$ 50 milhões no Fibra.

No fim de 2015, o Fibra foi rebaixado por Moodys e S&P, que citaram piora na qualidade do crédito e aumento no provisionamento. Entre janeiro e setembro, o Fibra perdeu R$ 240,9 milhões.

— O banco teve um problema relacionado à atividade de varejo. Entrou no mercado de crédito consignado e de financiamento de veículo, mas não foi feliz por causa de inadimplência. Resolveu desmontar essas operações, mas são operações de três anos, por exemplo, e a inadimplência acaba batendo — observou Santacreu.

O HSBC não comentou a reportagem por causa do período de silêncio em razão da divulgação do balanço. Procurados, os bancos CCB Brasil, Fibra e Arbi não quiseram comentar. Não responderam ao contato do GLOBO o Banco da China (Brasil), o Novo Banco Continental, o BPN Brasil, o Banco de la Nación Argentina e o Capital. O GLOBO não conseguiu contato com responsáveis dos bancos Ficsa e Cédula nos telefones das matrizes.


Fuente: O Globo

Últimas noticias de economía de LATINOAMÉRICA

1  21/03/2024 - La actividad minera de Latinoamérica será clave en la transición energética global, según Crédito y Caución Fuente: Portafolio (Colombia)

2  20/03/2024 - Google y el BID se unen para potenciar el ecosistema emprendedor en Latinoamérica con un nuevo curso Fuente: América economía

3  19/03/2024 - Países de Latinoamérica continúan batallando por controlar la inflación Fuente: América economía

4  18/03/2024 - Países latinos con la gasolina más cara y más barata Fuente: Portafolio (Colombia)

5  14/03/2024 - La economía de Latinoamérica supera las expectativas y se estabiliza tras la pandemia Fuente: América economía

Más Noticias >>

LATINOAMÉRICA

Equipo Colaborador


Instituto Predicción Económica L.R. Klein
Universidad Autónoma de Madrid

Ver Equipo Ir a su Página web

 
 

Más Información


Utilizamos cookies para asegurar que damos la mejor experiencia al usuario en nuestro sitio web. Si continúa utilizando este sitio asumiremos que está de acuerdo. OK | Más información