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Indicadores coyunturales de Latinoamérica Fecha Noticia: 02/09/2015

Piora fiscal volta a impulsionar dólar, que sobe a R$ 3,686, maior cotação desde 2002; Bolsa cai

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 2,46%, aos 45.477 pontos, nesta terça-feira, seguindo o mau humor dos mercados globais em dia de novos dados negativos sobre a economia chinesa. O dólar comercial, por sua vez, operou em forte alta ao longo do dia, o terceiro consecutivo de valorização, sofrendo mais uma vez com a piora das expectativas no cenário doméstico, tanto no fronte fiscal quanto no político. A divisa encerrou em alta de 1,57%, cotada a R$ 3,684 para compra e a R$ 3,686 para venda. Foi a maior cotação de fechamento desde os R$ 3,740 de 13 de dezembro de 2002. Na máxima do dia, a moeda alcançou R$ 3,705.

Em Wall Street, os principais índices recuaram quase 3%. O Dow Jones teve baixa de 2,84%, enquanto o S&P 500 registrou desvalorização de 2,96%; o Nasdaq caiu 2,94%.

— Pela primeira vez na História o governo cria um orçamento já com um rombo. Ficou claro que o mau planejamento das desonerações feitas no passado começam a pesar. O mercado está ainda mais preocupado com a possibilidade de perda de grau de investimento e com o aparente racha na cúpula econômica do governo. Por causa disso tudo o dólar sobe — avaliou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

Em escala global, porém, o dólar recua 0,16% frente às dez principais moedas do mundo, segundo o índice Dollar Spot, da Bloomberg, após mais uma divulgação decepcionante de indicadores econômicos chineses. Os números do setor manufatureiro do país asiático reforçam a percepção de que a economia chinesa avança menos do que se projetava, elevando a probabilidade de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) adie a elevação de juros do país.

Ontem, a previsão de um déficit primário no Orçamento do ano que vem fez o dólar ganhar força e acumular a maior alta para um mês de agosto desde 1999, quando o país passou a adotar o regime de câmbio flutuante. A moeda americana fechou negociada a R$ 3,627 na compra e a R$ 3,629 na venda, valorização de 1,17% ante o real, maior valor em mais de 12 anos — só abaixo dos R$ 3,665 de 14 de fevereiro de 2002. Na máxima do dia, chegou a R$ 3,684. No mês, a valorização da divisa foi de 5,96%, a maior para o mês desde os 6,55% de agosto de 1999.

A atividade no setor industrial da China contraiu-se no ritmo mais rápido em três anos em agosto, segundo pesquisa oficial divulgada nesta terça-feira. Uma outra pesquisa sobre o setor, desta vez realizada pelo setor privado, foi igualmente negativa.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial de indústria da China caiu para 49,7 em agosto ante 50,0 em julho, informou nesta terça-feira a Agência Nacional de Estatísticas. As novas encomendas, medida de demanda doméstica e externa, caíram, para 49,7 em agosto ante 49,9 em junho. As novas encomendas de exportação contraíram pelo 11º mês seguido. Já a Pesquisa privada do Caixin/Markit, que foca em fábricas menores, indicou uma desaceleração ainda mais forte, com o PMI caindo para 47,3, pior leitura desde março de 2009.




BOLSAS CAEM COM DADOS CHINESES

Com os números, as Bolsas asiáticas fecharam em queda nesta terça. A Bolsa de Tóquio encerrou em baixa de 3,84%, Hong Kong perdeu 2,24% e Xangai registrou recuo de 1,86%. As principais bolsas da Europa seguiram a tendência. A Bolsa de Londres fechou em baixa de 3,03%, enquanto Paris recuou 2,40% e Frankfurt registrou queda de 2,38%.

Na Bolsa brasileira, a queda afetou 53 das 66 ações que compõem o Ibovespa. Puxam para baixo o pregão as ações de maior peso, como bancos, Petrobras e Vale. A petrolífera teve baixa de 6,31% (ON, a R$ 9,95) e 6,53% (PN, a R$ 8,59). A companhia acompanha a queda da cotação internacional do petróleo, que interrompe sua maior sequência de altas em 25 anos com as crescentes dúvidas de que os integrantes da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) agirão em conjunto para reduzir a oferta do produto. O barril do tipo Brent recuou 8,5%, a US$ 49,56.

Já a Vale, diretamente impactada pelo noticiário econômico chinês, registrou desvalorização de 4,58% (ON, a R$ 17,10) e 2,61% (PN, a R$ 13,78). Entre os bancos, o Banco do Brasil caiu 2,58% (a R$ 17,37), o Bradesco recuou 2,86% (a R$ 22,39) e o Itaú Unibanco, 2,37% (R$ 25,92).

— Nosso mercado é influenciado hoje tanto pela conjuntura externa quanto pela turbulência aqui dentro mesmo. Os dados da China vieram ruins. Não foi uma grande novidade mas é a constatação de que a deterioração da economia está, de fato, ocorrendo. É importante lembrar que esses dados não capturam ainda a volatilidade do último mês sentida no mercado chinês — afirmou Adriano Moreno, estrategista da Futura Invest. — Aqui, o mercado segue ainda com o rescaldo do déficit anunciado ontem e é impactado também por dúvidas sobre a continuidade do ministro Levy no cargo.



JUROS FUTUROS E RISCO-PAÍS SOBEM

Para João Pedro Brugger, da Leme Investimentos, o mercado também especula sobre a taxa básica de juros, a Selic, que será anunciada amanhã.

— O consenso do mercado ainda é de uma manutenção nos 14,25%. Mas como o câmbio correu forte desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e a piora no cenário político e externo foi tão grande, que algumas pessoas desconfiam que possa haver mais um aumento de 0,25 ponto percentual — afirmou.

O mau humor também impactou as taxas dos contratos futuros de juros, os DIs. O contrato com vencimento em janeiro de 2017, avançou 210 pontos-base, subindo de 14,22% para 14,43%. O contrato mais curto, com vencimento em janeiro de 2016, teve alta de 20 pontos-base, para 14,32%, enquanto o com prazo em janeiro de 2021 avançou 270 pontos, a 14,39%.

Houve reflexo também no Credit Default Swaps (CDS) referente ao Brasil, que é uma espécie de seguro contratado pelos investidores de títulos soberanos e representa, na prática, uma medida de percepção de risco. O CDS brasileiro com vencimento em cinco anos saltou de 351 para 367 pontos — o da Turquia, por exemplo, é de 277 pontos



FITCH DIZ DÉFICIT RESSALTA DIFICULDADES DO PAÍS

O pregão brasileiro segue sentindo o impacto da discussão orçamentária da véspera. A agência de classificação de risco Fitch afirmou nesta terça-feira que a previsão de déficit público no Orçamento de 2016 “coloca a tendência de superávits primários bem abaixo do cenário-base usado pela Fitch em abril”. Naquele mês, a agência colocou em perspectiva negativa a nota soberana do Brasil.

“A revisão da meta (de superávit) para um déficit primário para o próximo ano, que ocorre após a redução das metas de superávit para os próximos anos realizada em julho de 2015, ressalta a dificuldade enfrentada pelo Brasil em sua consolidação fiscal”, disse a chefe da Fitch para a área de notas soberanas na América Latina, Shelly Shetty, em resposta enviada a jornalistas. “Essa mudança coloca a tendência de superávits primários bem abaixo do cenário-base usado pela Fitch em abril e explicita os crescentes riscos à trajetória das finanças públicas e da dívida.”


Fuente: O Globo

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