Em Assembleia Geral Extraordinária que durou pouco mais de 1 hora, foi aprovada, na tarde desta segunda-feira, as demonstrações financeiras da Petrobras do ano de 2014. Estiveram presentes à assembleia menos de 60 acionistas, além de parte da diretoria da Petrobras e a representante da União, Maria Teresa Pereira. Apesar da manifestação de vários acionistas que criticaram o fato de a companhia não distribuir dividendos relativos ao exercício do ano passado, as demonstrações contábeis acabaram sendo aprovadas com o voto da União, que é majoritária. Estavam presentes representantes de 5,7 bilhões de ações, e votaram a favor da aprovação das contas um total de 4,1 bilhões de ações, e 411 milhões votaram contra. Alguns acionistas criticaram o fato de a Petrobras não estar pagando dividendos, por ter apresentado prejuízo no exercício, enquanto, por outro lado, vai distribuir a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) a seus empregados. Os representantes da companhia explicaram que o pagamento da PLR está prevista em acordo trabalhista com os empregados e se refere aos resultados operacionais da estatal que foram todos atingidos. em mensagem encaminhada à Assembleia Geral Extraordinária no início da reunião, o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, garantiu que, na revisão do Plano de Negócios para o período 2015/19, as áreas de exploração e produção de petróleo terão investimentos priorizados. Mas, segundo o executivo, em sua mensagem, a revisão será compatível com o fluxo de caixa da companhia, além de afirmar sobre os trabalhos para melhoria da governança da companhia. A Assembleia tem o objetivo de analisar os resultados do balanço da Petrobras no ano de 2014. A Petrobras registrou um prejuízo de R$ 21,6 bilhões no ano passado por ter contabilizado as perdas com a corrupção denunciada pela Operação Lava-Jato da Polícia Federal. A perda decorrente da corrupção foi de R$ 6,2 bilhões, além de outros R$ 44,6 bilhões referentes à reavaliação de seus ativos.
Fuente: O Globo