A Vale é o grande destaque do pregão. As ações da mineradora disparam 9% (ON) e 5,75% (PN). O papel é favorecido pela forte valorização do minério de ferro nos últimos três dias, depois que a gigante BHP Billiton resolveu cortar seus planos de expansão, levando à expectativa de que a oferta do minério tende a cair no futuro — e, por consequência, subir o preço da commodity.
O minério de ferro hoje sobe 5,5%, para US$ 57,81 a tonelada. Na semana, a alta acumulada é de 13,5%. O movimento também anima o setor de siderurgia, com a CSN avançando 2,83%, A Gerdau subindo 2,63% e a Usiminas, 2,16%. A Vale também é ajuda pela perspectiva de que o governo da China, maior consumidor do seu minério, implemente medidas de estímulo econômico para conter a desaceleração da atividade.
— O mercado está em alta generalizada. Ele estava em compasso de espera por causa do balanço da Petrobras, que se resolveu. Mas eu creio que essa recuperação repentina ainda tem certo grau de exagero, até porque a economia doméstica continua muito fraca. Em algum momento os investidores olharão os fundamentos — afrmou Ricardo Zeno, sócio-diretor da AZ Investimentos.
DÓLAR OPERA VOLÁTIL
O câmbio opera com forte volatilidade, mas segue oscilando abaixo dos R$ 3. Agora, o dólar opera em queda leve nesta sexta-feira mas se mantém abaixo dos R$ 3. O dólar comercial registra desvalorização de 0,33%, cotado a R$ 2,969 para compra e a R$ 2,971 para venda.
A moeda chegou a operar em alta pela manhã após a divulgação de dados sobre a economia americana. As encomendas de bens duráveis nos EUA cresceram 4% em março, bem acima da previsão dos analistas, que era de 0,6% segundo pesquisa da Bloomberg. Em fevereiro, o Census Bereau havia divulgado queda de 1,4%. Mas a encomenda de bens de capital não-militares, que refletem a intenção de investimento a produção, caiu 0,5%, o sétimo recuo mensal consecutivo. Analistas esperavam uma alta de 0,3% nesse segmento.
Na quinta-feira, foi a primeira vez que a divisa fechou abaixo dos R$ 3 desde 4 de março, reagindo à divulgação do balanço da Petrobras e a dados fracos da economia americana que reforçaram a aposta de que os juros dos EUA não subirão nem tão cedo.
— Deu certo a viagem do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, à Washington para conv